Mariovane Raul

Review do show do Red Hot Chili Peppers na Argentina

Review do show do Red Hot Chili Peppers na Argentina visto pelo nosso irmão Rudy Schneider que aconteceu no domingo passado.


Ficar no negativo no banco para comprar um ingresso, sem saber como ir a Buenos Aires, sem saber onde ficar, sem saber se ia ir sozinho ou não. Sem saber nada. Acho que isso descreve um pouco a minha loucura pelo Red Hot Chilli Peppers.
E aconteceu.


Chegando ao Estádio Monumental de Nuñez, passos largos e ansiedade. Mas ansiedade mesmo foi esperar pelo show lá dentro.
Após a abertura feita pelas bandas argentinas Jaúria e Massacre e pela excelente banda britânica FOALS, apagaram-se as luzes e ouviu-se a distorção enfurecida de “Monarchy of Roses”. Aí eu já estava todo arrepiado!
O público argentino se assemelha com o britânico por não parar de pular um minuto e em sincronia. Visto de cima, parecia um mar agitado durante uma tempestade.
Com o Flea enlouquecido como sempre, ele quase nem terminou essa música e já emendou em um solo foda no baixo e ali ficou até puxar “Can’t Stop”, e a “torcida” argentina não perdeu a oportunidade e foi em uma só voz: “ôoôoôooôoôo”. Vale a pena ver:


Daí em diante, foram-se os hits “Otherside” e “Dani California” até chegar ao poema cheio de melodia de “Under the Bridge”. Mas o show pegou fogo mesmo em “Throw Away Your Television”, seguido do mais recente single “The Adventures of Rain Dance Maggie”: formaram-se 3 rodas punks que eu não desejaria a ninguém estar nelas! Literalmente PUNK!
Logo após, houve uma calmaria com um solo de guitarra cheio de arranjos muito bem feito pelo Josh e então entra em cena novamente a “torcida”, agora sim torcendo literalmente. Vocês vão ver do que eu to falando... Seguido de uma inesperada surpresa digamos... “agitada”:



E aí depois disso veio outra surpresa: até então eles não tinham tocado “Blood Sugar Sex Magik” em nenhum dos shows anteriores na América Latina, e quando veio, as três rodas punks citadas anteriormente, se uniram em uma só. Aê o bixo pegou!
Até então, não tinha me caído a ficha que eu estava num show do RHCP. Ela caiu quando tocou “By the way”. Me veio na cabeça todas as vezes que eu escutei ela bêbado com meus amigos e falando: “Um dia a gente ainda vai no show deles! Seja aonde for ou como for, nós temos que ir!”. Alí eu não dei bola se o Chad estava destruindo na bateria, se o Flea tava dando aqueles pulos loucos dele, se o Anthony tava dando seus socos no ar ou se era o Josh ou o John na guitarra. Alí eu apenas fechei os olhos e me lembrei de todas as vezes que nós tínhamos nos prometido de ir a este show. Alí caiu a ficha e quem sabe algumas lágrimas.
Buenas, logo depois restou apenas Chad no palco dando um show a parte na batera enquanto Flea, Anthony e Josh se preparavam para o final do show. E foi aí que eu pensei: “O Flea é o cara mais pirado do planeta”: ele voltou caminhando com as mãos! Não me perguntem por quê! Até o Anthony deu uma olhada para o Josh com uma cara de WTF?!!
Enfim, quando o Flea estava com seus pés devidamente no chão, empolgaram a galera com as últimas músicas: “Dance, Dance, Dance” do novo disco, ”Parallel Universe” do Californication e um dos primeiros grandes hits da banda ”Give it Away” do "Blood Sugar Sex Magik".
Com a banda encerrando o show, apenas restou Chad Smith no palco, claramente emocionado agradecendo ao público pela grande festa. Corria de um canto a outro do palco, jogava suas munhequeiras e baquetas para felizardos e por fim, resumiu o meu sentimento e de milhares outros com um “tchau” no microfone a seu modo: 

“WOOOOAAAHHHHHH”




Escrito por @RudyPepperman

Leave a Reply

    Category

    Postagens populares

    Os Malvados Azuis

Por Mariovane Donini Sgt. Pepper's Design. Lonely Hearts Club Band Technology. Bloggerized by & ThemesHive & Thanks to Top WP Themes