Mariovane Raul

Review do show do Foo Fighters em Buenos Aires


 Desde da nossa chega na Argentina (segunda feira, dia 2 Abril), o sol predominava na capital dos argentinos. Mesmo sabendo que há dias a previsão do tempo para o dia do show (4 de Abril) era de chuva intensa, era impossível acreditar que o tempo iria mudar tanto de um dia para o outro. Mas mudou.
    Chegando no estádio aproximadamente 1 hora da tarde, o sol era de rachar e fomos almoçar num restaurante perto do Monumental de Nunes. Enxergávamos a fila para entrar, mas não avistávamos o fim dela e pensamos que estava tranquilo para entrar na fila para o campo. Quando fomos chegando a fila era interminável. Era quilômetros até chegar no fim dela. E o sol nos acompanhando fielmente. Tivemos sorte que quando chegamos na fila ela começou a andar e não ficamos nem uma hora por lá e aproximadamente as 3 horas da tarde estávamos entrando no gigante estádio do River Plate.


    Quando chegamos estava rolando o show do banda argentina Massacre. Após a banda argentina subiram ao palco a banda americana Cage the Elephant. Show incrível da banda do alucinado vocalista Matt Schultz. Confesso que fui conhecer o som da banda poucos dias antes do show e quem não conhece vale muito a pena conferir o som dos caras.
    Após o show do Cage the Elephant era vez de conferir o show da Joan Jett & The Blackhearts. Show seguro, com vários clássicos (destaque especial na minha opinião para a performance de "Crimson and Clover" da banda americana Tommy James and the Shondells).
Após a tiazinha do rock era a vez do Tv on the Radio mostrar para que veio. Sinceramente não gostei do show. Cansativo, repetitivo, chato, talvez essa minha sensação se deve um pouco pela ansiedade do que veria a seguir. Não que seja ruim o som, muito pelo contrário, mas o Tv on the Radio é daquelas bandas que ou se gosta ou se odeia.
    Vou me limitar a falar do Arctic Monkeys porque este merece um post separado.


    Durante o show do Monkeys o tempo começou a mudar e uma nuvem gigantesca parou encima do estádio Monumental de Nunez. A chuva que há vários dias tinha sido prevista havia chegado. E não era uma chuva, era um temporal como há anos eu não tinha visto. Chuva, vento, frio, muito frio do meio do show do Arctic Monkeys para o fim e uma hora após o termino do show.



   Luzes do palco queimando na nossa frente, os telões mostrando a saída de emergência, um cara arrumando o microfone e a gente pensando ... não vai haver show, ele vai avisar que vai ser cancelado. Mas com o tempo a chuva foi diminuindo, o vento foi parando e o frio foi passando. Os refletores do estádio foram ligados e o Foo Fighters subiu ao palco meio que de surpresa para delirio de mais de 40 mil pessoas que estavam sofrendo com o temporal na capital argentina.



    Abrindo com "All my life", Dave Grohl berrou como nunca e fez explodir as milhares de pessoas que assim como eu não acreditavam no que estavam vendo. Como que por pura mágica a chuva havia parado completamente naquele momento  e na sequência emendaram outro clássico, "Times Like These" seguindo por "Rope" e "The Pretender".
   "Ole, ole, ole, ole, ole, ole, olá, ole, ole, ole, ole, cada dia te quiero más! Oooh soy Foo Fighters, Es un sentimiento y no puedo parar" era só o que se houvia nesse instante do show. Dave berrava mais e o público devolvia os berros. "Are you ready for the show?" ... dizia Dave Grohl para o público.
   Na sequência "Learn to Fly"  fez 25, 30 mil pessoas que se encontravam no campo do estádio do river pular ao mesmo tempo.



   Após Dave apresentar a banda ele assumiu as baquetas em "Cold Day in the Sun" (um dos vários momentos inesquecíveis do show).
   Eu simplesmente não acreditei quando tocarem "Generator", sempre foi a minha música favorita, escutei ela no "There is nothing left to lose" até furar o cd (isso lá pelos anos 2000). Após "Monkey Wrench" aconteceu para mim a grande surpresa da noite, "Hey Johnny Park!" (simplesmente emocionante).
   Em “These Days”, Grohl fez uma introdução imensa dizendo que a chuva havia quebrado as luzes do palco e eles foram forçados a utilizar as luzes do público, o que ele gostou, já que era possível ver a cara de todo mundo. Além disso, ainda pediu desculpas por ter demorado 17 anos para ir à Argentina e disse não entender porque isso aconteceu, já que o público dali é o melhor do mundo (isso tudo é claro para o delírio dos argentinos).
    Após "These Days", vieram "This is A Call", seguido de "In the Flesh?" (cover do Pink Floyd) e "Best of You", que fechou o setlist antes do bis
   Após a pausa e a volta da banda, vieram dois sons antigos, primeiro “Enough Space” e depois “For All The Cows”, do primeiro disco da banda, de 1995. A banda ainda tocou “Dear Rosemary” antes de chamar Joan Jett ao palco para uma cover de “Bad Reputation”.
Para finalizar e lavar a alma das milhares de pessoas que esperaram anos por esse momento a banda encerra o histórico show na capital argentina com "Everlong".
     Sonho mais que realizado da minha parte e devido a todas estas circunstancias que antecederam o show fez com que fosse mais especial a noite do dia 4 de abril de 2012. Noite esta que vai ser lembrada durante muito tempo na minha vida.



Setlist

‎1- All My Life
2- Times Like These
3- Rope
4- The Pretender
5- My Hero
6- Learn to Fly
7- White Limo
8- Arlandria
9- Breakout
10- Cold Day in the Sun
11- Long Road to Ruin
12- Big Me
13- Stacked Actors
14- Walk
15- Generator
16- Monkey Wrench
17- Hey, Johnny Park!
18- These Days
19- This is a Call
20- In the Flesh?
21- Best of You
Bis
22- Enough Space
23- For All the Cows
24- Dear Rosemary
25- Bad Reputation
26- Everlong

... Desculpe pelo atraso para escrever algo a respeito, mas a correria está grande na engenharia.

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